A Câmara Municipal de Feira de Santana votou, nesta quinta-feira (25), os vetos do prefeito Colbert Martins à Lei de Diretrizes Orçamentárias (vetada parcialmente) e outras duas leis aprovadas, pela Câmara, que, respectivamente, reajustam o salarial do servidor municipal em 11,34% e o piso salarial a professores e profissionais de educação. Essas últimas, apesar de terem sido leis do Executivo, receberam emendas que modificaram o valor de reajuste proposto pelo Município.

A votação se deu em conjunto, de maneira secreta. Apenas o veto ao reajuste salarial dos servidores públicos municipais de 11,34% foi derrubado (mantendo assim o percentual de aumento), tendo sido mantido os vetos ao reajuste dos professores e à LDO (inclusive a emenda da verba destinada ao hospital municipal). Os vetos mantidos tiveram 10 votos a favor da derrubada, sendo necessário pelo menos 11 votos para a derrubada.

Discussão

Defendendo a manutenção do veto, o vereador Lulinha (UB) comentou: “Todos os servidores públicos serão prejudicados, não somente os professores. Porque o prefeito enviou um reajuste de 5% com data retroativa a maio, junho, julho e agosto. Se este veto for derrubado, o prefeito vai ter que judicializar”, informou.


Fernando Torres (PSD) fez um contraponto. “É bom analisar direito este voto. Olha o que eu percebi a arapuca do prefeito. Ele não ligou para ninguém votar contra o veto, ele quer que aprove o veto para judicializar e dizer que a culpa foi nossa em não aprovar o aumento. Ele vai fazer a mesma coisa que fez com a saúde, quando a LDO atrasou e ele disse que ia fechar a Upa da Queimadinha. Ele não vai dar aumento nenhum ao funcionário público e dizer que a é da Câmara Municipal. eu estou percebendo que ele não quer dar nem o 5% e jogar a culpa na Câmara”, acredita.

José Carneiro (MDB) também se manifestou. “É louvável que os vereadores queiram um percentual melhor, mas se não sair o reajuste, não é culpa do vereador, é uma questão do Executivo. Temos que votar pela razão e não pelo coração. Aprovamos os 5% e depois tentamos a todo custo aumentar junto ao Executivo este percentual”, declarou.

Outros vereadores também se manifestaram sobre os vetos, como Jhonatas Monteiro (PSOL), Edvaldo Lima (MDB), Silvio Dias (PT), Paulão (PSC), Professor Ivamberg (PT), Marcos Lima (UB). 

Com informaçõesde Daniela Oliveira Bahia na política