Devido à paralisação das atividades, os serviços de limpeza e jardinagem, só serão retomados 100% quando os direitos forem pagos.
Mais de 100 trabalhadores terceirizados que atuam na limpeza e jardinagem da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) cruzaram os braços nesta segunda-feira (12), em protesto pelo atraso dos salários e os benefícios do vale-transporte e alimentação.
De acordo com o vice-presidente do Sindicato de Limpeza Pública e terceirizados de Feira de Santana e região, Adir Ribeiro, cerca de 80 funcionários da limpeza e 49 de parques e jardins paralisaram as atividades.
As empresas responsáveis pelos contratos dos trabalhadores já estão com 12 dias de atrasos. “São duas empresas aqui: a Tecplaj Jardinagem está com salário, alimentação e transporte em atraso, e a Prime, que corresponde à limpeza da Uefs também está com o mesmo atraso. Além disso, eles estão parcelando a alimentação em duas parcelas e o vale-transporte em duas parcelas, no mês”, pontuou.
De acordo com o representado sindical, os trabalhadores têm dificuldade de dialogar com a direção da empresa Prime, que tem sede em Salvador, e nem mesmo o sindicato consegue ter acesso a informações sobre quando deverão ser feitos os pagamentos.

“A pessoa da empresa Prime é difícil de a gente conversar, ela desfaz até do sindicato, e é por isso que a gente está parado. Não chegou para a gente para falar que dia, para a gente fazer uma assembleia e realmente ter uma data, e o trabalhador saber que dia vai receber. Isso ela não fez, ela ignora o sindicato e estamos parados aqui com o apoio do trabalhador. A sede é em Salvador. A maioria dessas empresas terceirizadas querem explorar o trabalhador”, explicou.

O vice-presidente do sindicato observou que, devido à paralisação das atividades, os serviços de limpeza e jardinagem da universidade ficarão prejudicados, e só serão retomados 100% quando os direitos forem pagos aos trabalhadores.

“O pessoal da limpeza não está funcionando e a manutenção parou, está praticamente tudo parado, só está funcionando uns 15%. A gente só volta quando os trabalhadores estiverem com seus direitos na conta, que é salário, alimentação e transporte. E a gente não vai deixar continuar essas parcelas. A cesta básica já está pouca, é R$ 280 e ainda para a empresa dividir em duas vezes de R$ 140, para a pessoa ir no supermercado com 140 reais comprar o que hoje? Nada, só gastar transporte”, protestou.

O Acorda Cidade entrou em contato com a reitoria da Uefs e aguarda um retorno.

Com informações e fotos do repórter Paulo José do Acorda Cidade