De acordo com o gestor, paralisações ou greves devem ser comunicadas com antecedência para que haja um planejamento.

Foto: Paulo José/ Acorda Cidade

A população de Feira de Santana foi surpreendida no final da tarde de ontem (17), após os funcionários da empresa de ônibus Rosa, paralisarem as atividades no Terminal de Transbordo Central.

A ação foi liderada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Passageiros Urbanos, Intermunicipal Interestadual de Feira de Santana (veja mais aqui).

Em entrevista na manhã desta terça-feira (18), o secretário de Transportes e Trânsito, Saulo Figueiredo informou que por conta da paralisação, um grande caos foi provocado na cidade.

“Tanto eu, quanto o prefeito, fomos surpreendidos por volta das 16h de ontem com uma ligação do presidente do Sindicato informando que o pessoal estava insatisfeito. O município fez um grande esforço durante dois anos, recebemos recursos do governo federal, o nosso prefeito também esteve no mês de março na Frente Nacional dos Prefeitos em Brasília e neste encontro houve uma sinalização que novos recursos seriam destinados para os municípios, mas até o momento isso não aconteceu. Porém o que chama a atenção, é que ontem recebemos a informação que poderia acontecer uma paralisação e quando é 16h30 já recebo a informação que estava tudo parado. Toda e qualquer paralisação precisa ser comunicada com no mínimo 48 horas, para que a gente tenha pelo menos 30% dos carros e que a população não fique desassistida. Não conseguimos em 20, nem em 30 minutos mobilizar uma ação, então realmente ontem foi um verdadeiro caos, milhares e milhares de pessoas querendo voltar para casa depois de um dia exaustivo de trabalho, então o nosso procurador já tem determinação do prefeito para buscar medidas judiciais cabíveis para que isso não volte a acontecer. O nosso direito acaba quando passa a afetar o direito de milhares de pessoas”, explicou.

Questionado se poderia ter uma nova paralisação na véspera ou até mesmo durante os dias de Micareta, o secretário reafirmou que é necessário ter a comunicação antecipada para que haja um planejamento.

“O que se prevê na lei, é que se tenha um tempo de 48 horas para organizar todo um planejamento, até para informar para o folião, para o visitante, não queremos que faltando 30 minutos para começar a Micareta, exista algum tipo de ação neste sentido. O prefeito está aberto para diálogos, mas isso não irá impedir da gente tomar medidas judiciais cabíveis para preservar o direito da população de ir e vir”, concluiu.

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