Presidente do STF apoiou a ideia segundo a qual as big techs têm de compartilhar receita oriunda de publicidade com a mídia tradicional. 

O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, durante evento no Instituto dos Advogados de São Paulo

Foto: Tomzé Fonseca/Estadão Conteúdo

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, voltou a defender a regulação das redes sociais, nesta quinta-feira, 9, e apoiou o compartilhamento de receitas das big techs com a chamada imprensa tradicional.

“As próprias plataformas deveriam regular”, disse Barroso, durante um seminário promovido pelo Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP). “É fácil, por meios tecnológicos e sem controle de conteúdo prévio. Basta ver se uma informação está circulando com uma velocidade superior aquela que a capacidade humana poderia fazê-la circular.”

De acordo com Barroso, a regulação das redes sociais vai impedir “comportamentos antissociais e inautênticos” na sociedade.

Além da regulação das redes sociais, Barroso fala em remunerar a imprensa.


O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, durante seminário no IDP – 09/11/2023 | Foto: Reprodução/Poder360

Barroso apoiou ainda a proposta segundo a qual as plataformas digitais têm de compartilhar a receita que ganham com a imprensa tradicional. Isso porque a mídia, como um “business privado”, está “minguando”, em virtude da migração da publicidade para as big techs. A ideia defendida por Barroso está embutida no PL das Fake News, rejeitado pelo Parlamento.

“As big techs não produzem conteúdo”, observou o presidente do STF. “Quem o faz é a imprensa tradicional. Portanto, há uma carona. Dessa forma, deve haver mecanismos de compartilhamento de receita.”

Para Barroso, a imprensa é mais que um business privado. É ela a responsável por criar “fatos comuns sobre os quais as pessoas podem formar sua opinião”.

As informações são da Revista Oeste