Diferente do costume, a sessão extraordinária foi realizada no antigo Feira Tênis Clube.


Terminou no final da manhã desta quarta-feira (27), a sessão extraordinária realizada por alguns vereadores de Feira de Santana. Diferente do que costuma acontecer, o encontro ocorreu no Centro Integrado de Educação Inclusiva Colbert Martins da Silva, antigo Feira Tênis Clube, e não na Câmara Municipal.

A reunião teve como objetivo discutir o orçamento do município para o ano de 2024. Estiveram presentes os vereadores Fernando Torres, Edvaldo Lima, Pastor Valdemir, Paulão do Caldeirão, Jurandy Carvalho, o líder do governo na Câmara, José Carneiro Rocha, Pedro Cícero, Lulinha, Petrônio Lima, Correia Zezito, Galeguinho SPA e Zé Curuca.


José Carneiro Rocha declarou que todas as emendas foram lidas e discutidas, que segundo ele, isso não foi feito anteriormente.

“Venceu a democracia, venceu a transparência. Hoje podemos acompanhar a sessão transparente, onde as emendas apresentadas foram discutidas, foram lidas, debatidas, diferente do que a presidente queria. Que a gente aprovasse no escuro, sem tomar sequer conhecimento do teor das emendas apresentadas. Eu acho que com isso a mesa diretora, na sua maioria, dá um exemplo de autenticidade e traz para a Câmara uma coisa chamada respaldo popular, porque o povo não admite que a democracia seja tratada da forma como está sendo pela presidente da Câmara Municipal de Feira de Santana”, afirmou.



Segundo José Carneiro, nenhum vereador da oposição esteve presente.

“Primeiro que a oposição não apareceu para defender as emendas. Não sou eu que vou defender. Aliás, eu tenho dito que a esquerda de Feira de Santana tem dado uma demonstração, na sua postura, muito estranha. Eu nunca ouvi nenhum esquerdista de Feira de Santana, nenhum vereador que se diz esquerdista levantar a voz para, pelo menos, defender a transparência e a liberdade de expressão na Câmara Municipal. Se calam diante das arbitrariedades que a gente tem visto nas ações da presidente. Por que? Eu quero saber o por que”, afirmou.

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A declaração de nulidade foi dada em virtude das irregularidades e desvios das práticas democráticas e regimentais identificadas (veja mais aqui).

A reportagem está em busca de um retorno para confirmar se todas as emendas aprovadas nesta quarta-feira (27) foram aprovadas, em virtude da nulidade.

Cassação de mandato

Questionado sobre a possível cassação do mandato da presidente da Câmara Municipal, o vereador José Carneiro informou que a vereadora não está cumprindo o regimento da Casa.

“A vereadora Eremita Mota tem prevaricando todo dia. Ela não cumpre o regimento da casa, não cumpre a lei orgânica, de forma ditatorial. Tem ocorrido casos em Feira de Santana que a gente sabe que precisam ser vistos, inclusive pelo Ministério Público. E eu, particularmente, acho que é preciso que os vereadores, na sua maioria, comecem a se manifestar e não permita que a arbitrariedade prevaleça e permaneça na Câmara Municipal de Feira de Santana. Então, eu entendo que até fico triste, porque é a primeira mulher a exercer a função de presidente da Câmara, mas tem demonstrado falta de capacidade para gerenciar a Câmara, tanto que terceirizou o mandato a um homem. Infelizmente, é lamentável”, concluiu.

Portal Regional Notícias, com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade