Deputado e ex-presidente da agência foi alvo da Polícia Federal

A União dos Profissionais de Inteligência de Estado (Intelis), que representa servidores da Abin, afirmou que a gestão do deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) à frente da agência foi “problemática” 

A União dos Profissionais de Inteligência de Estado (Intelis), que representa servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), afirmou nesta quinta-feira, 25, que a gestão do deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) à frente da agência foi “problemática”, e que há indícios de uso do órgão para desvios.

A manifestação da entidade ocorreu depois que o parlamentar foi alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) que apura supostos monitoramentos ilegais de pessoas consideradas adversárias pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).



Manifestação dos agentes da Abin

A Intel também defendeu que o próprio corpo funcional da Abin comande a corporação, de forma independente.

A associação ressaltou que as investigações indicam “utilização da estrutura e dos recursos da Abin para práticas de desvios por parte de policiais federais inseridos na agência”.

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A entidade disse confiar nos servidores de carreira da Abin e cobrou a apuração de mau uso de ferramentas de inteligência durante o governo Bolsonaro. Em manifestação nesta quinta-feira, 25, a associação dos servidores da Abin defendeu que o próprio corpo funcional da agência comande a corporação de forma independente.

Operação da PF

Além de Ramagem, a Operação Vigilância Aproximada investiga outros policiais federais suspeitos de integrar uma organização criminosa que se instalou na Abin com o intuito de monitorar ilegalmente autoridades públicas e outras pessoas.

Por determinação do ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF), foram afastados sete policiais federais suspeitos de integrar uma espécie de “equipe especial” na Abin.

Eles seriam responsáveis por monitorar alvos ilegalmente por meio do software espião FirstMile.