A estudante Eduarda Damasceno explica como a proposta de criar o bioplástico começou a se formar após uma experiência de campo.



Ao longo dos anos, o ser humano tem buscado alternativas para reduzir o impacto da produção de resíduos, como o plástico. Em 2022, de acordo com a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública (ABREMA), o Brasil gerou 64 quilos de lixo plástico por habitante. Diante desse cenário, as estudantes Eduarda Damasceno, Joane Assis e Hillary Rafaela, do Colégio Estadual Nelson Maia, de Ponto Novo, sob a orientação de João Guirra, desenvolveram um bioplástico a partir do Licuri, fruto típico da Caatinga, batizado como Plásticuri.

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A estudante Eduarda Damasceno explica como a proposta de criar o bioplástico começou a se formar após uma experiência de campo.

A ideia do bioplástico surgiu depois de uma aula prática com nossos professores, quando identificamos uma grande quantidade de lixo derivado de combustíveis fósseis, especialmente sacolas plásticas no rio Itapicuru-Açu. A partir daí, começamos a discutir e pesquisar alternativas para minimizar esse problema ambiental. Após algumas investigações, decidimos desenvolver um projeto sustentável que, além de reduzir o impacto ambiental, pudesse também contribuir com a agricultura familiar”.

Após a fabricação, o Plásticuri passou pelos primeiros testes, apresentando resultados promissores. 

“Enterramos algumas amostras e acompanhamos o processo. Após 28 dias, a degradação se aproximou do esperado, atingindo cerca de 82%, enquanto os plásticos convencionais levam em média de 300 a 500 anos para se decompor, dependendo do tipo. O Plásticuri pode substituir embalagens plásticas em geral e até mesmo os plásticos convencionais, como as sacolas”, detalha Eduarda.

O projeto, que conta com a coorientação de Rute Katiane e o apoio da Secretaria da Educação (SEC) e do Núcleo Territorial de Educação (NTE 25), está em fase de aprimoramento e promete gerar impactos positivos. “Os próximos passos são a análise do bioplástico em alto mar, em solos com características diferentes, sob altas temperaturas e sua produção em larga escala. Alguns dos impactos positivos que o nosso bioplástico pode gerar incluem o fortalecimento da agricultura familiar no semiárido e a preservação da palmeira do licuri”, disse Rute.

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A Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) estreou no Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador Científico, 8 de julho de 2019, uma série de reportagens sobre como pesquisadores e cientistas baianos desenvolvem trabalhos em ciência, tecnologia e inovação de forma a contribuir com a melhoria de vida da população em temas importantes como saúde, educação, segurança, dentre outros.

Portal Regional Notícias, com informações do site Acorda Cidade