
O presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, afirmou que o conflito foi ‘imposto ao Irã pelo aventurismo de Israel’ | Foto: Site presidencial do Irã/Reuters
Em meio à escalada do conflito entre Israel e Irã, o número de civis mortos em cada país chama atenção pela discrepância. Enquanto o Irã contabiliza centenas de vítimas civis, Israel registra um número significativamente menor. O fenômeno gerou questionamentos públicos entre a imprensa e a população em geral.
Em meio à escalada do conflito entre Israel e Irã, o número de civis mortos em cada país chama atenção pela discrepância. Enquanto o Irã contabiliza centenas de vítimas civis, Israel registra um número significativamente menor. O fenômeno gerou questionamentos públicos entre a imprensa e a população em geral.
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Segundo dados recentes, Israel registrou 24 mortes civis em decorrência dos ataques iranianos, especialmente em Tel Aviv. Já o Irã contabiliza entre 224 e 950 mortes civis em consequência de bombardeios israelenses, de acordo com estimativas que variam entre o Ministério da Saúde iraniano e a organização independente Human Rights Activists.
Segundo dados recentes, Israel registrou 24 mortes civis em decorrência dos ataques iranianos, especialmente em Tel Aviv. Já o Irã contabiliza entre 224 e 950 mortes civis em consequência de bombardeios israelenses, de acordo com estimativas que variam entre o Ministério da Saúde iraniano e a organização independente Human Rights Activists.
Superioridade dos sistemas de defesa e proteção civil de Israel
Uma das principais razões para o baixo número de vítimas em território israelense é a estrutura de defesa desenvolvida pelo país. De acordo com o cientista político André Lajst, “Israel investe bilhões de dólares em um sistema de alerta, em alarmes, na defesa civil, em mensagens, em SMS, em alertas pelo celular que tocam mesmo se o celular estiver silencioso, em bunkers dentro das casas”.
As construções residenciais mais recentes em Israel incluem um cômodo reforçado chamado Miklat, projetado especificamente para proteção durante ataques. “É um quarto no qual, quando acionada a sirene, a família é orientada a entrar, a porta é blindada e o concreto extremamente mais fortificado do que qualquer outra parede na casa”, explica Lajst.
Além disso, o país conta com três sistemas principais de defesa aérea: o Iron Dome, voltado para foguetes de curto alcance; o David’s Sling, para mísseis de médio alcance; e o Arrow System, para mísseis balísticos de longo alcance. Segundo o major Rafael Rozenszajn, porta-voz das Forças de Defesa de Israel, “enquanto nossos inimigos utilizam todos os recursos para aprimorar a máquina de destruição, movidos pelo ódio, nossa prioridade são nossos civis”.
Questões demográficas também influenciam os resultados. As cidades iranianas atingidas — como Teerã, Shiraz e Isfahan — são densamente povoadas, o que aumenta o número de vítimas em caso de bombardeios. Já em Israel, a distribuição estratégica dos sistemas de defesa e os protocolos de evacuação em regiões de maior risco contribuem para reduzir o impacto dos ataques.
Estratégias distintas de ataque
As diferenças não se limitam às defesas. Há também distinções na forma como os ataques são conduzidos. Os bombardeios israelenses têm como foco comandantes militares, cientistas e instalações nucleares no Irã. No entanto, muitos desses alvos estão localizados em áreas urbanas densamente povoadas, o que contribui para o alto número de mortos, ainda que este não seja o objetivo.
Já os mísseis lançados pelo Irã têm atingido alvos civis de forma deliberada e sem controle. Em vídeo divulgado logo depois do ataque a Nes Ziona, Rozenszajn afirmou que “esse é o alvo planejado do regime iraniano: crianças, mulheres e idosos”.
Além disso, o Irã lançou mais de 500 mísseis e drones em uma semana, mas apenas cerca de 10% deles atingiram seus alvos, segundo as Forças de Defesa de Israel. “Tenta imaginar se todos os mísseis alcançassem seus objetivos”, ponderou Rozenszajn.
No entanto, a contabilização precisa de mortes civis em zonas de guerra enfrenta diversos desafios. No caso do Irã, os números divulgados por fontes governamentais divergem daqueles apresentados por organizações independentes. Em Israel, embora os dados sejam mais consistentes, também não se pode descartar a possibilidade de subnotificação.
🚨 Revolta nas redes!
— Blog Thalita Moema (@blogdatm) June 21, 2025
A jornalista Eliane Cantanhêde, da GloboNews, ironizou o número de mortes causadas pelos mísseis iranianos contra Israel:
“Tem uma mortezinha aqui, outra ali… FERIDOS!”
Talvez esqueça que Israel investe há décadas em defesa civil, enquanto o Hamas usa… pic.twitter.com/PyaSLWNUkg
Repercussões internacionais
A disparidade nos dados reacendeu o debate público e levou a questionamentos como o feito pela jornalista Eliane Cantanhêde, que perguntou: “Por que os mísseis de Israel destroem Gaza, matam milhares e milhares de pessoas, e os mísseis que saem do Irã e caem, efetivamente caem em Israel, não matam ninguém?”. Depois de críticas, a jornalista publicou uma retratação, alegou má formulação da pergunta e pediu desculpas.
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A diferença no número de civis mortos entre Israel e Irã pode ser atribuída, portanto, ao investimento israelense em defesa e proteção da população, à precisão dos sistemas de interceptação e à estratégia militar adotada. Enquanto Israel desenvolve mecanismos para minimizar danos internos, o Irã carece de sistemas defensivos comparáveis e sofre os impactos diretos da guerra em áreas civis. A situação tem gerado apelos internacionais por cessar-fogo e maior proteção aos não combatentes em ambos os lados do conflito.
A diferença no número de civis mortos entre Israel e Irã pode ser atribuída, portanto, ao investimento israelense em defesa e proteção da população, à precisão dos sistemas de interceptação e à estratégia militar adotada. Enquanto Israel desenvolve mecanismos para minimizar danos internos, o Irã carece de sistemas defensivos comparáveis e sofre os impactos diretos da guerra em áreas civis. A situação tem gerado apelos internacionais por cessar-fogo e maior proteção aos não combatentes em ambos os lados do conflito.
Portal Regional Notícias, com informações do site Revista Oeste.
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