Campanha digital mira bilionários, bancos e apostas esportivas

A campanha mais custosa até o momento é a peça ‘Quem tem mais paga mais: taxação BBB’ | Foto: Ricardo Stuckert / PR

O Partido dos Trabalhadores (PT) destinou pelo menos R$ 173 mil, de 26 de junho a 4 de julho, para impulsionar anúncios nas redes sociais em defesa da cobrança de mais impostos sobre os chamados “super-ricos”. A legenda veiculou as peças publicitárias no Instagram em no Facebook, plataformas mantidas pela Meta.

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O conteúdo patrocinado cita bilionários, instituições financeiras e casas de apostas esportivas como alvos da chamada “taxação BBB”, sigla usada pelo partido para se referir a bancos, bilionários e bets.

Como resultado, os anúncios sugerem que o Congresso Nacional resiste à pauta econômica do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, intensificando o embate simbólico entre Executivo e Legislativo.

Uma das imagens impulsionadas pelo PT mostra Lula segurando uma placa com os dizeres “taxação dos super-ricos!”. A publicação recebeu R$ 3 mil de investimento em apenas um dia.



A campanha mais custosa até o momento é a peça “Quem tem mais paga mais: taxação BBB”, que consumiu R$ 90 mil em cinco dias. A divulgação digital, segundo especialistas, não fere a legislação eleitoral, desde que ocorra fora do período oficial de campanha.

Nesta quinta-feira, 3, militantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) invadiram um prédio do Banco Itaú, em São Paulo. A ação ecoou o discurso petista sobre a necessidade de maior contribuição dos mais ricos.




PT usa taxação como resposta à pressão do Congresso

A investida digital ocorre em um momento de desgaste político para o petista. Pesquisas recentes indicam queda na popularidade e aumento da insatisfação entre parlamentares e eleitores. A retomada da retórica “ricos contra pobres” visa reacender o engajamento da base histórica do partido.

Lula insiste em reformar o sistema tributário e cobra publicamente a taxação de offshores e fundos exclusivos. No entanto, enfrenta resistência no Congresso, que pressiona por cortes de gastos antes de discutir novos tributos.

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A cúpula do PT acredita que a mobilização nas redes pode virar o jogo. A estratégia inclui novas peças nas próximas semanas, com foco na cobrança dos mais ricos e no reposicionamento do governo diante da agenda conservadora que avança no Congresso.