Com arcos e flechas nas mãos, aliados da ditadura venezuelana dizem que vão ‘garantir a paz e a soberania’ ante o poderio militar dos EUA

Maduro em visita a uma das tribos venezuelanas: apoio ou retaliações da ditadura | Foto: Reprodução/Twitter/X

Um vídeo com as imagens de indígenas declarando apoio ao ditador Nicolás Maduro virou motivo de piada nas redes sociais. O conteúdo exibe alguns integrantes do grupo portando arcos e flechas. Assim eles prometem defender o país em um possível conflito armado com os Estados Unidos. Não é possível identificar a que tribo pertencem. Nos comentários, um rapaz ironiza: “Vai dar certo!”. Outro sugere a hipótese de Maduro usar os índios como escudo humano.

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O suposto líder faz um discurso no qual afirma principalmente que o grupo se alistou à Milícia Nacional Bolivariana (MNB), que é uma força paramilitar subordinada ao governo de Nicolás Maduro. A função da milícia é apoiar a defesa do país e reforçar o controle do regime sobre a população e territórios estratégicos.

Indígenas relembram invasão espanhola

O porta-voz do grupo diz que o povo indígena está fazendo história. “Estamos nos registrando na Milícia Bolivariana para garantir a paz e a soberania do nosso povo. Hoje, com o mesmo espírito dos nossos ancestrais, dos caciques Huayca e Puro, com Managotes e demais caciques que lutaram contra a colonização espanhola”.

Estima-se que os povos indígenas da Venezuela somam cerca de 600 mil pessoas em mais de 40 grupos étnicos. As tribos vivem majoritariamente em áreas remotas do Oriente, Sul e Zulia. Apesar de algumas comunidades receberem programas sociais, subsídios e reconhecimento de territórios do governo, grande parte sofre com a falta de saúde, educação e moradia, além de alimentação escassa.

O apoio de tribos à MNB, segundo estudiosos, vincula-se a lideranças que recebem benefícios estatais ou proteção de territórios. Comunidades que resistem à presença militar ou criticam o regime frequentemente sofrem intimidação ou marginalização.

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Analistas apontam que o envolvimento indígena com a milícia reflete uma combinação de pressão política, dependência do Estado e interesses locais, e não um consenso geral. Assim, enquanto alguns grupos colaboram com o governo, a maioria segue enfrentando desafios estruturais e sociais históricos.

Portal Regional Notícias, com informações do site Revista Oeste.