Há cerca de 15 dias, o clima também foi frio nas primeiras horas do dia, com temperaturas em torno de 15 graus.


“Essas frentes estão chegando, e isso é normal no período de inverno, que está frio. Mas os outros também foram bastante frios, e isso é uma constante, estar chovendo muito, apesar de que esse ano o frio chegou tardiamente. O inverno para nós é um período de chuva e ele chegou no período certo, mas o frio chegou tardiamente, a exemplo do São João que não foi frio, e chegou praticamente agora em julho. Agosto também está bastante frio”, afirmou a profissional especializada no tempo.
Segundo Leal, a previsão é que nos próximos dias a temperatura já comece a aumentar, e ela espera que esta noite, que foi tão gelada, tenha sido o último suspiro deste inverno.

“A nossa previsão é que já comece a esquentar com a chegada da primavera, agora em setembro, e também com a diminuição das chuvas. É mais ou menos assim que se comporta o clima da nossa região: temos uma primavera muito seca e é quando menos chove. As temperaturas eu acredito que elas vão começar a aumentar a partir de agora e nossa esperança é que este tenha sido o último suspiro do inverno. A chuva pode continuar, mas o frio vai começar a arrefecer a partir de agora. O grande problema desse frio é também a ventania, estamos com muito vento aqui e com a umidade, aumenta a intensidade do frio, como também o vento, que está aumentando a sensação de baixas temperaturas, principalmente à noite”, explicou.
Ela informou que o município tem atingido as temperaturas mínimas durante a madrugada, em torno de 2 ou 3 horas da manhã. Às 4h da manhã seria realmente o horário mais frio. Com a chegada das frentes, há um pequeno aumento de temperatura, e depois uma grande queda, com muita chuva de manhã.
Começando do zero
A coordenadora da Estação Climatológica pontuou que o órgão, que funciona através de uma parceria da Uefs com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), vem enfrentando grandes dificuldades para conseguir se manter e com a pandemia e a paralisação das atividades econômicas, o trabalho ficou ainda mais prejudicado.
“Nesse período pós-pandêmico resolvemos organizar a estação. A universidade está colocando todo o empenho na melhoria e na reforma. Os funcionários, nesse período, se aposentaram e estamos com dificuldade de contratar novas pessoas, porque não tem concurso público e também Reda [Regime Especial de Direito Administrativo], e tem que ser uma pessoa bem específica da área. Estamos tentando fazer remobilização de pessoas e estagiários para que voltem à estação, então estamos com um grande problema de recursos humanos e de equipamentos”, esclareceu Rosângela Leal.
Ela mostrou que está empenhada em fazer relatórios e montou também um grupo de trabalho com professores do Departamento de Tecnologia e de outras áreas interessados nessa área, para que juntos consigam reorganizar a estação.
“Estamos fazendo um esforço de arrumar tudo, um relatório de danos para a reposição dos equipamentos, sem contar que já está no período de renovação do convênio que a gente tem com Instituto Nacional de Meteorologia, e aí estamos vendo os prejuízos, os danos físicos que aconteceram, não só de equipamentos, mas abrigos de equipamentos que foram danificados, afinal foram dois anos sem manutenção e sem uso. Qualquer material ou imóvel que você deixa de utilizar, ele cai em depreciação”, informou.
Ela destacou que é necessário arrumar toda a parte elétrica, de marcenaria, vidraria com substituição de equipamentos. Mas todo esse investimento depende da liberação de verbas do governo federal.
“Vamos pedir ao Inmet, porque essa não é nossa responsabilidade. A estação é do Inmet em parceria com a Uefs, e quem arruma e substitui os equipamentos é o Inmet, que como órgão federal está passando também por sérias dificuldades e está sem condições de repor esses equipamentos. Estamos vendo se nessa renovação de parceria, conseguiremos fazer esse ajuste para voltar a trabalhar. Estamos fazendo todo o esforço e estamos com uma previsão que daqui a dois ou três meses, até o final do ano, ela volte a funcionar, e isso é um grande prejuízo, porque já íamos fazer 30 anos de coleta, e com a interrupção da coleta desses dados, nós praticamente perdemos todo esse período e vamos ter que recomeçar tudo novamente”, lamentou.
Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade
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