
'Perdi 11 mil seguidores em um único dia, revelou a influenciadora feminista Isabella Cêpa, alvo de Erika Hilton | Foto: Divulgação/Arquivo pessoal
A influenciadora feminista Isabella Cêpa, de 29 anos, pode ser condenada a até 25 anos de prisão por declarações feitas nas redes sociais durante as eleições municipais de 2020. No dia do primeiro turno, a influencer afirmou, em publicação no Instagram, que estava chateada com o fato de a mulher mais votada no pleito ser, na verdade, um homem. Ela se referia à vereadora Erika Hilton (Psol), mulher trans eleita com votação expressiva na capital paulista. A postagem resultou em uma denúncia criminal do Ministério Público de São Paulo (MPSP), com base na Lei do Racismo.
A influenciadora feminista Isabella Cêpa, de 29 anos, pode ser condenada a até 25 anos de prisão por declarações feitas nas redes sociais durante as eleições municipais de 2020. No dia do primeiro turno, a influencer afirmou, em publicação no Instagram, que estava chateada com o fato de a mulher mais votada no pleito ser, na verdade, um homem. Ela se referia à vereadora Erika Hilton (Psol), mulher trans eleita com votação expressiva na capital paulista. A postagem resultou em uma denúncia criminal do Ministério Público de São Paulo (MPSP), com base na Lei do Racismo.
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“Disse algo muito básico”, afirmou Isabella, em entrevista concedida neste mês ao jornalista Michael Shellenberger. “Não ocorreu nada demais. Nem deveria virar um escândalo.” Segundo a influenciadora, além da postagem original, a acusação inclui quatro retuítes de terceiros — entre eles, uma enquete que pergunta se mulheres trans deveriam ir para presídios femininos.
VEJA O GRAU DELIRANTE A QUE CHEGOU A DITADURA BRASILEIRA pic.twitter.com/OgUI6r0GE3
— Fernao Lara Mesquita (@fernaolmesquita) July 29, 2025
Denúncia contra feminista tem base em decisão do STF
O MPSP formalizou a denúncia em junho de 2022, com base na decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que, em 2019, equiparou atos de homofobia e transfobia ao crime de racismo — mesmo sem lei específica aprovada pelo Congresso Nacional.
De lá para cá, condutas consideradas transfóbicas passaram a ser enquadradas na Lei do Racismo, cuja pena pode chegar a cinco anos por ocorrência. Como Isabella é denunciada por cinco publicações, a pena máxima combinada pode atingir 25 anos de prisão.
À época, o promotor Bruno Orsini Simonetti argumentou que as postagens da influenciadora “reforçam o estigma social” contra pessoas trans, disseminam uma “ideia de hierarquização e supressão de direitos fundamentais” e induzem o público à discriminação. Uma das publicações destacadas pelo MP dizia: “Candidatas verdadeiramente feministas não foram eleitas. A mulher mais votada é homem. Quem votou nessas p*?”.
O caso chegou ao Ministério Público depois de uma representação formal apresentada pela própria Erika Hilton.
Erika Hilton recorre ao STF
Na entrevista a Shellenberger, Isabella disse que chegou a negociar um acordo judicial, mas a proposta foi cancelada, e o processo acabou transferido da Justiça estadual para a federal. “Agora, o STF terá de decidir entre me prender ou admitir que está aplicando uma lei que não existe”, afirmou a influenciadora.
Isabella também relatou os efeitos pessoais da denúncia. “Perdi 11 mil seguidores em um único dia”, revelou. “Recebi ameaças de morte. Teve gente que me procurou para dizer: vou te dar unfollow, porque não posso perder o trabalho.” Para a influencer, a reação desproporcional revela perseguição: “Fiz um monte de piada usando um filtro de bode, porque fui bode expiatório”.
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Ela nega que suas postagens se dirigiram pessoalmente a Erika Hilton. Segundo a influenciadora, os comentários se referiam à disputa eleitoral e aos efeitos da ideologia de gênero sobre o feminismo baseado em critérios biológicos.
Ela nega que suas postagens se dirigiram pessoalmente a Erika Hilton. Segundo a influenciadora, os comentários se referiam à disputa eleitoral e aos efeitos da ideologia de gênero sobre o feminismo baseado em critérios biológicos.
Portal Regional Notícias, com informações da Revista Oeste.Pode empurrar?
— 🇧🇷 Me chamo Suyane não Tsunami (@BentoYnaya) November 16, 2020
Sério a cada dia que passa eu fico pasma com esse povo.
Entre as pessoas que ganharam temos pessoas trans, indígenas, FEMINISTAS, negras e tem uma grande lista de pessoas que jamais imaginaríamos poder ter ganhado.
Enfim, olha o povo que a galera segue.🤦🏾♀️ pic.twitter.com/U04GcrRsek
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