Ministro impôs medida de segurança ao manifestante acusado de associação criminosa e incitação ao crime

Manifestantes na rampa do Congresso Nacional, durante o 8 de janeiro de 2023 | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Réu incapaz, o motorista Carlo Caponi, que ficou preso por quatro meses em 2023 pelos atos de 8 de janeiro e foi acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de incitação ao crime e associação criminosa, foi, agora, absolvido.

📲QUER MAIS NOTÍCIAS DE FEIRA DE SANTANA, BAHIA, DO BRASIL E DO MUNDO?
Clique aqui e entre em nosso grupo no Whatsapp
Clique aqui e entre em nosso grupo no Telegram


O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, relator dos processos sobre a manifestação, considerou perícia médica e parecer da Procuradoria-Geral da República, que opinou pela absolvição.

O laudo indicou que Caponi tem transtornos mentais e, por isso, não tem capacidade jurídica para ser responsabilizado pelos atos. Por ordem de Moraes, o motorista ficou preso entre janeiro e maio de 2023 e, depois disso, o ministro impôs medidas cautelares.

Na decisão pela absolvição imprópria, que ocorreu quando o réu é incapaz, Moraes reconhece, agora, que o réu não tinha capacidade para entender o “valor antissocial” de suas condutas ao participar dos “atos golpistas”. “Embora seja indiscutível a atrocidade dos atos golpistas praticados no 8/1, observa-se que o acusado foi incapaz de compreender a representação do valor antissocial de suas condutas, muito menos possuiu a capacidade cognitiva de discernir os motivos que integram um processo normal de determinação da vontade, o qual resultaria na sua atuação”, escreveu o magistrado.

Moraes manteve o manifestante preso por quatro meses e, agora, reconhece a inimputabilidade | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Moraes, agora, impôs ao réu medida de segurança, por dois anos. Segundo a decisão, a medida de segurança de tratamento ambulatorial terá “prazo mínimo de dois anos, quando então deverá ser apurada, mediante perícia médica, a cessação da periculosidade, conforme previsão do § 1º do artigo 97 do Código Penal”.

+Leia mais informações sobre Brasil no site do Portal Regional Notícias

Outro réu incapaz

Um homem de 23 anos, Nathan Theo Perusso, ficou preso por sete meses, em 2024, por ordem de Moraes. A Defensoria Pública protocolou vários pedidos de liberdade, destacando, sempre, a inimputabilidade do jovem que faz parte do acampamento em Brasília. Mas o relator os negou sistematicamente. A liberdade só veio em dezembro.

Em março deste ano, Moraes reconheceu a incapacidade do réu e impôs medida de segurança de internação por um ano.

Portal Regional Notícias, com informações da Revista Oeste.